A história da construção do TCM começa em 13 de fevereiro de 1970, com o ofício do presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Teófilo Ribeiro de Andrade Filho, solicitando autorização do executivo para as despesas da fase de pré-projeto do prédio do TCMSP. Posteriormente, em 17 de junho, é comunicado ao prefeito a empresa vencedora do concurso para a construção do prédio: Croce, Aflalo & Gasperini Arquitetos Ltda. Antes da construção do prédio sede, o Tribunal encontrava-se no Palácio Anchieta, sede da Câmara dos Vereadores.
O estilo de arquitetura do TCMSP é conhecido como brutalismo, movimento da arquitetura modernista que teve seu nome cunhado na década de 1950, e que teve entre seus expoentes máximos o arquiteto suíço, naturalizado francês, Le Corbusier. As características principais do brutalismo são o uso do concreto armado em construções de grande porte, prezando uma estética crua e construindo espaços de forma organizada e ordenada para atividades humanas, transparecendo certa sensação de poder emanado pela grandiosidade de sua estrutura, o despojamento dos materiais construtivos e o rigor de suas linhas arquitetônicas.
O TCMSP foi projetado pelo arquiteto Gian Carlo Gasperini. Além do Tribunal, exemplos da corrente arquitetônica em São Paulo são o MASP (Museu de Arte de São Paulo) projetado por Lina Bo Bardi e a Faculdade de Arquitetura de Urbanismo da USP, projetada por Vilanovas Artigas.
As obras do Tribunal foram contratadas no fim da gestão do prefeito e iniciadas em 1972, segundo ano de mandato do prefeito José Carlos de Figueiredo Ferraz (1971-1973), sendo posteriormente paralisadas devido a dificuldades financeiras da Prefeitura. Miguel Colasuono (1973-1975) reassumiu a construção do edifício. Porém, é durante a gestão do prefeito Olavo Setúbal (1975-1979) que finalmente é concluída a nova sede do TCMSP, inaugurada em 19 de novembro de 1976.
A arquitetura do Tribunal foi pauta de uma matéria na revista Top Magazine. A reportagem aborda o estilo arquitetônico denominado “brutalista”, mencionando que o “Tribunal de Contas do Município de São Paulo é uma das obras mais importantes do brutalismo na cidade”. Acesse a notícia aqui.
Eneida de Almeida, arquiteta pela FAUUSP, mestre pela Universidade de Roma "La Sapienza" e editora da revista Arq.Urb, apresenta as expressões da arquitetura brutalista que inspiraram o projeto do prédio do Tribunal de Contas do Município de São Paulo:
O vídeo abaixo mostra um pouco mais sobre a arquitetura brutalista, e a história do prédio do Tribunal de Contas do Município: